Engarrafamento logístico em Porto Velho: até 1 200 caminhões parados bloqueiam exportações

Em 20 de março de 2025, reportagem de transporte especializado revelou um gargalo crítico: até 1 200 caminhões aguardam diariamente para descarregar nos terminais do Porto de Porto Velho, gerando crescimento de até 15 % nos custos do frete e reduzindo a competitividade da logística agro exportadora .

A lentidão se deve à antiga infraestrutura: as instalações de Amaggi e Cargill operam entre 220 e 500 toneladas por hora, volume insuficiente diante dos picos. Para os caminhoneiros, são de 2 a 3 dias de espera para apenas 8 km de caminhada até o cais .

Ao mesmo tempo, o rio Madeira registra baixíssimo nível, apenas 19 cm acima da cota crítica durante o fenômeno El Niño, dificultando também o transporte fluvial — essencial para o escoamento agrícola regional. Como resultado, os grãos demoram mais na fila terrestre, pressionando prazos e contratos .

Consultoria do setor explica que esse atraso afeta a competitividade da soja brasileira em comparação à Argentina e EUA, atrasando a entrega ao comprador. Especialistas pedem ação imediata: dragagem do rio Madeira, pavimentação dos últimos trechos de acesso (incluindo estrada até Cujubim) e institucionalização da modernização de terminais, com participação pública e privada .

O sindicato dos caminhoneiros alertou:

“Sem prazo para descarregar, produtores alteram contratos e perdem em aluguel, armazenamento e logística” — sintetizando a pressão sobre toda a cadeia .

Soluções discutidas:

  • obras de dragagem permanentes com financiamento federal;

  • adoção de terminais multimodais interligando rodovia, ferrovia e hidrovias;

  • políticas de alívio de caixa a agricultores, para ampliar estoques e diluir custos.

A modernização urgente da logística portuária é vista como essencial para consolidar Porto Velho como hub agroexportador e garantir segurança e previsibilidade ao setor.

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